Meditar é exercitar a escuta interna, sem perder o contato com o externo. E, como na caminhada, tem dia que avançamos mais, tem dia que avançamos menos, tem dia que vamos mais na superfície, tem dia que atingimos uma profundidade maior. O importante é não permitir que as expectativas sobre a meditação, sobre a gente em meditação, atrapalhem a experimentação do aqui e do agora durante o processo meditativo. As semelhanças não param por aí. Na caminhada, o pé esquerdo e o pé direito se sucedem complementarmente, um após o outro, equilibrando o corpo enquanto ele avança no processo de caminhar, até se atingir um ponto, um "lugar". Na meditação não é diferente. A atenção entre o externo e o interno se complementam, e a meditação acontece. Na meditação a gente não sai do mundo. Ele se torna muito mais presente em nós; as acuidades se potencializam, sendo possível sentir tudo, perceber tudo, porém a atenção flui livre, leve e solta, sem se fixar em nada. E assim
Este blog visa refletir sobre o corpo na "dança interna" de cada um de nós, e explorar temas pertinentes à qualidade de vida, à saúde mental, à meditação e à consciência do corpo. Entendendo que "saúde mental" é muito mais que a ausência de transtornos ou deficiências. E que "corpo" é muito mais do que o físico; é o produto da interação dos diferentes corpos: físico, mental, emocional, relacional e espiritual. Ele experimenta, sinaliza, reage, transforma e possibilita a nossa existência.