Meditar é exercitar a escuta interna, sem perder o contato com o externo.
E, como na caminhada, tem dia que avançamos mais, tem dia que avançamos menos, tem dia que vamos mais na superfície, tem dia que atingimos uma profundidade maior.
O importante é não permitir que as expectativas sobre a meditação, sobre a gente em meditação, atrapalhem a experimentação do aqui e do agora durante o processo meditativo.
As semelhanças não param por aí.
Na caminhada, o pé esquerdo e o pé direito se sucedem complementarmente, um após o outro, equilibrando o corpo enquanto ele avança no processo de caminhar, até se atingir um ponto, um "lugar".
Na meditação não é diferente. A atenção entre o externo e o interno se complementam, e a meditação acontece.
Na meditação a gente não sai do mundo. Ele se torna muito mais presente em nós; as acuidades se potencializam, sendo possível sentir tudo, perceber tudo, porém a atenção flui livre, leve e solta, sem se fixar em nada. E assim a meditação vai acontecendo.
Nesse sentido, meditar não é chegar em algum lugar, mas se permitir estar inteiro no processo, a cada passo.
Da mesma forma, o interno e o externo a nós se complementam; o "eu comigo" e o "eu com o outro" - entenda-se o outro na sua dimensão mais ampla - se alternam sucessiva e complementarmente ao longo da nossa caminhada pela vida, equilibrando nossa existência.
A meditação guiada de hoje tem por intenções ampliar a consciência corporal, favorecer o contato consigo e se disponibilizar para estar para estar no aqui e no agora.
Eu sugiro que a prática de hoje seja feita utilizando a cadeira.
Para ouvir a meditação, clique no link.
https://www.dropbox.com/home/medita%C3%A7%C3%A3o%20guiada?preview=Blog+18-07-2020+base+17-07-2020.mp4
Imagem: Mabel Amber por Pixabay
Maria Tereza Naves Agrello
CPR-MG: 13.506 e MEC-LP: 3047