A meditação é uma prática milenar que perpassa diferentes culturas e religiões. Cada uma delas agrega suas contribuições representadas nas diferentes linhas e técnicas.
Entretanto, em essência todas trazem a ideia do voltar-se para dentro, criando um “continuum” de serenidade imparcial, a partir da percepção consciente, mantendo-se a concentração, mas sem se fixar.
Meditar é uma habilidade, uma experiência particular, e que cada experimento é único. Ripoche Khandro coloca que “ a quantidade de tipos particulares de meditação é equivalente à quantidade de pessoas.
Em
alguns momentos é mais fácil entrar no estado meditativo, noutros é mais
difícil, algumas vezes a prática é mais intensa, mais profunda, noutras mais
superficial. É variável. O importante é o estar disponível para experimentar-se
no momento presente, com presença e sem culpas, regras, imposições, controle ou
juízo de valor; acolhendo a experiência, seja ela qual for e acolhendo-se nesse
movimento.
As posições podem ser as mais variadas: sentados, no chão, na cadeira; de pé, deitado...; pode-se meditar parado ou em movimento. Os olhos podem estar fechados; abertos, fixos num ponto; ou entreabertos.
Neste blog e no grupo de meditação guiada pelo WhatsApp, a referência é a meditação mindfulness proposta por Jon Kabat-Zinn e utilizamos a respiração e a consciência do corpo físico e das emoções como elementos de ancoragem para a fixação da atenção.
A ideia é permitir a escuta do momento, em si e a partir de si e, nesse movimento, estar inteiro no Todo e com o Todo.
Então, bora praticar um pouco.
Maria Tereza Naves Agrello
CRP-MG: 13.506
MEC-LP: 3047
Referência bibliográfica: Jetsum Khadro Rinpoche. Métodos de meditação na tradição budista, em O poder de cura da meditação, p.40-52.
Imagem: Gerd Altmann por Pixabay