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"Tempo para"

Boa tarde!!!




Imagine  que você comprou um carro lindo e maravilhoso, com aquela grana que você suou a camisa para conquistar.


Você colocaria o CARRÃO, logo nas primeiras semanas, numa estrada de terra, daquele tipo todo esburaca que mais parece um buraco só?


Claro que não, né???


Você deixaria que ele ficasse terrivelmente sujo, com quilos e quilos da poeira da estrada?


Você deixaria de revisar os pneus?


Você deixaria de colocar gasolina?


Você deixaria de colocar o óleo no motor?


E de verificar os níveis de água??


Apesar de alguns de nós em alguns momentos até fazermos isso. Na maioria das vezes nós não deixamos, né???
Sabemos que deixando pra depois podemos ter problemas.
E, inclusive, uma despesa muito maior.

É preciso preservar seu investimento, né???


Concordo!!!


Quando nosso carro - nosso querido patrimônio - faz um barulho logo ligamos nossas atenas para localizar de onde vem o barulho; como ele é; quando ele acontece; se é assim ou assado. 
Tudo isso nem que seja apenas para falar para o mecânico.


Dei exemplo do carro, mas poderia ser um milhão de outras coisas que a gente considera como algo de valor para nós.


Então...
por que com a gente mesmo tendemos a fazer diferente???


Se temos vontade de ir fazer xixi, por exemplo, 
mas se está passando algo interessante na televisão,
nós prendemos e deixamos "pra daqui a pouco". 


Nós mulheres, então, vivemos fazendo isso. 


As desculpas, ou melhor, as justificativas são inúmeras: 
para nós é mais difícil;
não é em qualquer lugar que fazemos;
não tem banheiro;
o banheiro é desse ou daquele jeito e;
por aí vai.


Se temos sede e estamos no meio de um trabalho qualquer, deixamos para depois.


Se o corpo já fez aquele incômodo depois de algumas horas ao computador, ainda tendemos a continuar ali "só mais um pouquinho", afinal...
"já está acabando". 


Não é assim?


Sei como é. Também passo por isso.


Mas ...
não dá, né????.


Se o corpo manifestou de alguma forma
- xixi, sede, incômodo... - 
ele está sinalizando algo importante.
No fundo ele está querendo dizer alguma coisa. Por exemplo:


_ Olha, níveis de líquidos circulantes estão baixos. Os sais minerais estão sendo depredados.


_ A situação está complicada. Que tal um pouco mais de maleabilidade?


_ Hora de fluir.


_ Os potenciais estão sendo revistos. Que tal um tempo para absorver?


_ Com essa postura imutável você vai acabar se exaurindo. Mexe um pouco, dá movimento ao que está estagnado.


_Você está extrapolando seus limites.


_ Que tal um pouco mais de prazer nessa situação?


_A flexibilidade está diminuída. Assim vai ficar cada vez mais difícil.


_ Quanto mais seco mais fácil de quebrar.




As falas do corpo poderiam ser inúmeras. 


Mas, em linhas gerais, o pedido por trás de tudo seria algo do tipo:


_Ei cara. Tá na hora de você escutar o que vai aqui por dentro e agir.




Alguns agora devem estar pensando:  


Bem que eu queria parar nessas horas não dá tempo.


Iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.


Que fala "mais danada" de ruim.


Corrigindo:


Mais danada de pesada.


E de tão pesada 
ela acaba deixando que o indivíduo fique no mesmo lugar, 
sem fazer nada por si. 
No mesmo sofrimento e desconforto que estava. 
Sem ir para lugar nenhum. 
Sem transformar nada.
Sem si dar ao "direito de".


Bem que já disseram:


quando mais justificativa, mais estagnação.


Uma coisa é certa:
para um pianista ser "aquele" pianista, ele precisa de "tempo para" se dedicar ao piano.
Para o artilheiro ser aquele cabra de nos enche a vista com seus gols, ele precisa de "tempo para" se dedicar à bola.
Os "carinhas" que criaram o Google e agora estão com os bolsos cheios de grana  precisaram de "tempo para".
Os cientistas que criaram os clones precisaram de "tempo para".
O mundo para evoluir precisa de "tempo para".


Enfim...
para se conquistar algo é preciso de "tempo para". 
Para transformar algo é preciso de "tempo para".
Para ser diferente é preciso de "tempo para".
Para ser bom nisso ou naquilo é preciso de "tempo para".
Para se dar ao "direito de" é preciso de "tempo para".


Por que com a gente mesmo seria diferente???


Por que para nós mesmos não temos "tempo para"???




Maria Tereza



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