Quantas vezes, em momentos de muita exigência intelectual,
ou emocional, nós não tivemos vontade de jogar tudo para cima e sair para dar
uma volta? E quantas vezes, no momento seguinte, nós não nos culpamos por estarmos desviando nosso pensamento do foco,
supostamente tão importante???
Eu já vivi coisas desse tipo inúmeras vezes. E creio que não sou a única.
Entretanto, hoje tenho revisto esse tipo de postura.
É preciso lembrar que somos "CORPO", e que esse "CORPO" é a
resultante da interação dinâmica, sábia e eficaz do físico, com o mental, o emocional, o etérico, o causal, o austral
e o espiritual.
Parto do princípio de que o "corpo" nunca faz nada por acaso.
Nenhuma informação que ele envia é desnecessária, nenhum desejo é inútil,
nenhuma sensação é descabida, nenhum pensamento é corriqueiro; todas essas
manifestações fazem parte de um grande quebra cabeça, de centenas de
milhares de peças, cuja imagem registra uma pequena fração da nossa
existência.
Entendo que quando o "corpo" sinaliza, como no exemplo do início, é a indicação de que ali esta mais uma peça
do quebra cabeça. Pode ser que não saibamos de imediato, no plano consciente, aonde
colocá-la, mas nosso poderoso "corpitiu", na sua integralidade, sabe o que faz.
Se nos permitirmos
olhar para a “informação” (manifestação física, pensamento, emoção...) e coletar
o maior número, possível, de dados que ela esta nos trazendo, estaremos enriquecendo o nosso "armazém" de peças.
Lá no plano inconsciente uma parte de uma peça aqui, se une
com uma parte de outra peça ali, que se liga a outra aqui e...
www.google.com.br/search?q=quebra-cabeça+imagem&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=_yj5Uq64CeGX0QG0roH4Dw&ved=0C
“Bingo!!!!”
“Como não pensei nisso antes.”
Costumo brincar que esses são os momentos quando “a ficha
cai”.
Então ...
voltando à vontade de jogar tudo para cima e sair
para dar uma volta...
eu não aconselho jogar tudo para cima, vai dar um trabalho
danado organizar tudo novamente.
Mas, sem sombra de dúvida, eu reafirmo que
nesses momentos é importante dar uma parada, ir até o banheiro, depois beber um
água e se possível dar a tal volta, especialmente num local bonito e
agradável. Se não der para fazer tudo, pelo menos, faça o que for possível; mas FAÇA.
Já é sabido que quando estamos em locais bonitos e
agradáveis nosso corpo reage produzindo hormônios que nos levam à sensação de
bem estar, diminuindo a sensação de estresse, ansiedades e coisas do gênero.
Sendo assim, no meu entendimento, quando sensações
e pensamentos como os do início desse texto acontecem, estamos nos deparando com um forte indicativo da "sabedoria do corpo" em ação.
Eu ouso dizer que, nessa hora, o "corpo" esta acusando o desgaste que estava experimentando, ao mesmo tempo, em que esta apontando a solução, o caminho para o
reequilíbrio.
Então..
se o corpo sinalizar não brigue com ele!
Localize o que esta acontecendo, localize-se no contexto, observe todas as
variáveis possíveis (situação, ambiente, temperatura, demandas físicas, pensamentos, sensações, emoções), avalie - sem se negligenciar - e faça o que for possível no momento.
Lembre-se:
sinta, observe, avalie e FAÇA.
Um parênteses: com frequência uso a palavra "possível", porque nosso "corpo" não exige perfeição contínua, ele pede o melhor que dermos conta a cada momento.
Continuando...
Quando o "corpo" sinaliza ele esta querendo carinho, atenção e mudança (de atitude, de posição, de conduta...).
Quando o "corpo" sinaliza ele esta querendo carinho, atenção e mudança (de atitude, de posição, de conduta...).
Então, mude o que puder mudar de imediato para que a
situação possa ficar o mais agradável e
confortável que for possível, no momento.
Em outras palavras, eu recomendo:
ESCUTEM O “CORPO”!!!!
Ele esta 24 horas a nosso favor. Trezentos e sessenta e cinco dias por ano. Todos os anos de nossa existência.
Ele não chama a nossa atenção levianamente; sempre há um bom
motivo para isso, mesmo que, no plano da consciência, nós não saibamos
identificar.
Lembre-se ainda: o “corpo” aceita
negociações, mas nunca negligências.
Maria Tereza
Naves Agrello
psicóloga, prof. ed. física e massoterapeuta
especializada em Leitura Corporal e Indançal
especializada em Leitura Corporal e Indançal
CRP-04: 13.506 e
MEC-LP: 3047