Pular para o conteúdo principal

O medo em tempos de pandemia

Estamos vivendo tempos de isolamento social em função da pandemia do Covid-19.
Hoje, perguntaram-me se estava com medo.
Claro.
Na atualidade os medos são muitos: da contaminação, da internação, de não ter vaga nos hospitais, das escassez dos supermercados, da morrer, da morte de pessoas  queridas, da falta de dinheiro, de não poder pagar as contas, de perder o emprego, de engordar, de surtar...

Além do medo ser um sentimento muito presente no momento atual, diga-se de passagem, ele é "necessário" no momento atual do planeta.
Para a Leitura Corporal, medo é o sentimento que nos ensina sobre "limite de segurança".
Sim, "limite de segurança".
Medo é descarga de cortisol e adrenalina, que ativa o sistema nervoso e nos estimula agir; logo medo é prontidão e reação.
Ele não quer que paremos. Mas sim, que façamos o que tem que ser feito, "em segurança". Ou seja, ele nos predispõe a ação segura ou ao agir em segurança.
Por exemplo:
Se temos que  atravessar a rua para ir à padaria comprar pão, é o medo que nos faz parar quando os carros estão vindo.
Mas é ele também que nos ativa a fim de encontrarmos soluções possíveis e seguras para a realização do nosso intento que, nesse exemplo, é atravessar a rua para comprar pão.
Ele nos faz, em fração de segundos, identificar quantos carros estão vindo, onde esta a faixa de pedestre, o semáforo, quando vai ter tempo para atravessar e mais outras tantas informações que nos auxiliarão a tomar a melhor decisão do momento para a realização do nosso propósito, considerando o contexto e as nossas possibilidades e disponibilidades internas.
Reitero: o medo funcional não nos quer paralisados. Ele quer que realizemos o nosso intento,"em segurança".
Nesse sentido, precisamos, ou não, do sentimento de medo neste momento de pandemia?
Que venham nossos medos nos auxiliar a permanecermos em segurança nessa crise.
Então... que experimentemos nossos medos sem culpa, sem vergonha, sem "pré-conceitos"; sentindo essa sábia expressão do nosso interno, com muito respeito, acolhimento e inteireza; viabilizando a expressão do que vai dentro de nós e; movimentando o que for necessário, dentro dos nossos limites e possibilidades, a fim de que façamos o que precisamos e desejamos fazer, "em segurança".

Maria Tereza Naves Agrello
CRP-MG: 13.506 e MEC-LP: 3047


Postagens mais visitadas deste blog

FID/BH

oi gente. Atenção à programação do FID/BH - Fórum Internacional de Dança - que está em completando 15 anos. Ele encerra amanã, então a hora de ir é agora. http://fid.com.br/2011/wp-content/uploads/2011/10/nova-programacao-3400px.jpg http://fid.com.br/2011/ Beijo

PORTA FECHADA

Bem... O que representa uma porta fechada? Eu diria que milhares de coisas. Cada um ao ver uma porta fechada pensa uma coisa diferente.   E a cada porta que encontramos fechada outras tantas significações podem surgir. Eu diria que o universo imaginário e o universo simbólico de uma porta fechada é infindável. Ok. “Viajações” à parte, vamos para o básico: Bater antes de entrar. Puxa!!! Como isso é simples! Porém, como isso é tão difícil! Esse é um aprendizado de repeito e de boa convivência bastante antigo. Tenho observado que essa norma, tão simples e básica de convívio, tem sido bastante violada. Por onde andam os contornos que delineiam as relações? Entrar no espaço do outro requer “consentimento” (por que não “com sentimento”?), caso contrário vira invasão. Isso também faz refletir sobre respeito. Entrar no espaço do outro requer respeito. Permitir que o outro entre no nosso espaço também requer respeito: Respeito por si, pelas

A INSÔNIA E A QUALIDADE DO SONO

A insônia é o sono inadequado ou de baixa qualidade, que não supre as demandas diárias do corpo e que não leva a uma real revitalização, ou ainda a falta total dele. Alguns sintomas chamam a atenção para um possível quadro de insônia, são eles: dificuldade para adormecer à noite; despertar durante a noite; despertar muito cedo; não se sentir descansado após uma noite de sono; cansaço ou sonolência diurna; irritabilidade; comportamento depressivo; ansiedade; dificuldade para prestar atenção, concentrar-se em tarefas ou se lembrar de alguma coisa importante; aumento do risco de acidentes; dores de cabeça localizadas; problemas gastrointestinais; preocupações contínuas com o sono.  Dentre as complicações mais frequentes para os insones estão: menor desempenho no trabalho ou nos estudos; tempo de reação e reflexo mais lento, acompanhado de maior risco de acidentes; problemas psiquiátricos, como depressão ou transtorno de ansiedade; excesso de peso ou obesidade; irritabili